O Crédito do Trabalhador é uma modalidade de consignado para quem tem carteira assinada, com juros e encargos mais baratos
O Crédito do Trabalhador surgiu como uma das iniciativas mais importantes do governo federal para ampliar o acesso ao crédito e reduzir os custos dos empréstimos para milhões de brasileiros. O programa aceita trabalhadores CLT, domésticos, rurais, empregados de MEIs e diretores não empregados.
Com isso, garante condições mais justas de financiamento. Essa modalidade busca oferecer alternativas reais para quem deseja trocar dívidas caras, como cartão de crédito, cheque especial ou crédito pessoal, por empréstimos com juros menores e condições mais previsíveis.
Ao conectar o sistema financeiro às necessidades reais dos trabalhadores, o programa fortalece a economia, estimula a inclusão financeira e cria novas oportunidades para famílias que antes não tinham acesso a crédito de forma segura e sustentável.
Neste artigo, você confere:
Mais de R$ 30 bilhões foram migrados para o Crédito do Trabalhador
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que mais de R$ 37 bilhões já foram migrados para a plataforma do Crédito do Trabalhador, valor referente a 2,3 milhões de contratos antigos de crédito consignado.
Esse movimento marca um avanço significativo na consolidação do programa. Ainda restam cerca de 1 milhão de contratos a serem convertidos, a maioria de valores menores, o que demonstra o esforço contínuo do governo em ampliar o alcance da iniciativa.
Desde o lançamento do programa, em 21 de março de 2025, a plataforma vem ganhando força e se consolidando como uma ferramenta de transformação econômica. O Crédito do Trabalhador já movimentou R$ 82,1 bilhões em empréstimos.
Com isso, contempla 12,2 milhões de contratos que beneficiam 7,1 milhões de trabalhadores em todo o país. A taxa média de juros é de 3,07% ao mês, índice bem inferior ao praticado por bancos tradicionais e instituições financeiras privadas, o que reforça o caráter social e inclusivo da medida.
Mais de 50% dos beneficiados ganham até quatro salários mínimos e estão conseguindo substituir dívidas de crédito pessoal, rotativo de cartão e cheque especial (que chegam a cobrar 11,2% ao mês) por condições muito mais vantajosas.
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Números do volume de empréstimo
O Crédito do Trabalhador já conta com 122 instituições financeiras habilitadas, das quais 79 realizam operações de crédito ativamente. O envolvimento de grandes bancos demonstra a confiança do sistema financeiro na iniciativa e reforça a dimensão do impacto econômico que o programa tem alcançado.
Entre as instituições com maior volume de empréstimos concedidos estão:
- Itaú – R$ 16,7 bilhões
- Banco do Brasil – R$ 12,2 bilhões
- Santander – R$ 11,6 bilhões
- Caixa Econômica Federal – R$ 7,9 bilhões
Os estados que concentram as maiores operações de crédito são:
- São Paulo – R$ 29,4 bilhões
- Rio de Janeiro – R$ 7,2 bilhões
- Minas Gerais – R$ 6,4 bilhões
- Rio Grande do Sul – R$ 5,2 bilhões
- Paraná – R$ 4,9 bilhões
Esses números revelam a força do programa na economia nacional e a abrangência geográfica das operações. O volume movimentado mostra que o Crédito do Trabalhador não se limita às grandes capitais, mas alcança trabalhadores de diferentes regiões.
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Como migrar meu consignado?
A migração dos contratos para o Crédito do Trabalhador já pode ser feita diretamente pelos canais dos bancos participantes. O processo é simples, permite que o trabalhador transfira seu contrato de crédito consignado antigo para a nova plataforma.
A partir de 2 de dezembro, conforme informou a Dataprev, o serviço também estará disponível dentro da Carteira de Trabalho Digital. O governo prepara ainda a implantação do sistema de garantias, que permitirá utilizar até 10% do saldo do FGTS, 40% da multa rescisória ou 35% das verbas rescisórias.
Em caso de demissão, esses valores serão automaticamente direcionados para quitar o empréstimo, evitando inadimplência e preservando o crédito do trabalhador. Essa medida reforça a segurança do sistema e garante estabilidade tanto para os bancos quanto para os beneficiários.
Com mais de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada no país, o potencial de crescimento do Crédito do Trabalhador é imenso. A expectativa do Ministério do Trabalho é incluir 25 milhões de pessoas no consignado privado nos próximos quatro anos.
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